Federação Carioca de UPH's
CONFIANÇA EM JESUS, ENTUSIASMO NA AÇÃO E UNIÃO FRATERNAL
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
O Dízimo é Obrigatório ou Voluntário?
Minha avó dizia: “Depende do dependendo”... É uma
forma diferente de dizer que os fatos e as coisas ditas têm, no mínimo, duas
versões. Aqueles que querem se defender, ou defender uma ideia da qual são
contrários, dizem que “depende do ponto de vista”; os que querem “justificativas”
afirmam que “é uma questão de interpretação”. Os filósofos de plantão vão
questionando “por que ou para quê?”, “de onde ou para onde?” e etc. Quer ver um
exemplo? Se encontrarmos um papel escrito “6”, caído ao chão, haverá muitos que
dirão ser o algarismo “seis” e aqueles que afirmarão se tratar do algarismo
“nove”. Nesse caso, “depende da forma que se vê”. Assim também são as questões que envolvem a interpretação de questões
doutrinárias, ou dogmáticas. O dízimo, por exemplo: É obrigatório ou voluntário?
O dízimo só tinha validade na Lei Mosaica ou tem validade, também nos tempos da
Graça? Para entender se há, ou não, legalidade da questão do dízimo é
necessário que se entenda a origem e a significância aplicada do mesmo. É
necessário estudar e entender o dízimo em pelo menos três formas:
Antes da Lei
Parece que o dízimo era voluntário. Não há nenhuma
menção de obrigatoriedade de dízimo nessa época. Temos apenas dois exemplos
bíblicos de dízimo, sendo um com Abraão (Gn 14.20): "E bendito seja o
Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o
dízimo de tudo". Aqui encontramos Abraão dando o dízimo a
Melquisedeque, e não era só de alimentos, mas também de prata e ouro. Gn 14.11
diz que Abraão Tomou todos os bens de Sodoma e de Gomorra, e no versículo 20
diz que Abraão deu o dízimo de tudo. Então temos dízimo em moeda. Outra
passagem, agora com Jacó, em Gn 28.22: “Então esta pedra que tenho posto
como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o
dízimo”. Isto não quer
dizer, que apenas estes dois homens praticaram o dízimo. Se eles o fizeram é
porque havia exemplos de outras pessoas, logo, a prática existia. Contudo, não
encontramos nenhuma regra para se dizimar antes da Lei.
Durante a Lei
Aqui a coisa muda de figura. Deus exige do povo a entrega
dos dízimos. Os dez por cento passam a ser uma obrigatoriedade do povo hebreu
para com a casa do Senhor, pois esse dízimo seria o que iria alimentar os
sacerdotes e suas famílias, já que os mesmos viviam em função do serviço
religioso. Então, dez por cento de tudo o que era produzido deveriam ser
entregues da Casa do Tesouro. Esta obrigatoriedade vigorava nos dias de Jesus:
Mt 23.23 – “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo
da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante
na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis
fazer, sem omitir aquelas”; Lc 18.12 – “Jejuo duas vezes na semana, e
dou o dízimo de tudo quanto ganho”. O que muitos alegam é que o dízimo no
AT era dado em cereais, animais, e outros produtos da terra, mas nunca em
dinheiro. Por isto a forma de se dizimar hoje é errada. Bom, sabemos que para
tudo há um propósito. Por que Deus exigiu o dízimo em cereais, animais, e
demais produtos da terra em vez de dinheiro? Isto se deve ao fato de o dízimo
ser as primícias de tudo o que se produz. Deus não exigia apenas o dízimo. Deus
exigia as PRIMÍCIAS. Os primeiros frutos, os primeiros animais deveriam ser
dados ao Senhor quem deu a eles a terra para plantar, o gado para lhes
proporcionar riquezas, etc. Deus tirou o povo do Egito no qual eram escravos e
tudo o que eles produziam era para Faraó. O povo não possuía nada seu. Mas
quando Deus lhes dá a terra, lhes dá a liberdade e o poder de possuírem o que
era deles de fato. Então Deus exige as primícias da terra em gratidão ao que
fizera por eles. Para que o povo nunca esqueça que Deus é o dono de tudo. Então
quando faziam as colheitas, antes de venderem os produtos, primeiro tiravam as
primícias e ofertavam ao Senhor. Por isto não dizimavam em moeda, pois não
podiam negociar as primícias do Senhor. O dízimo tem também este propósito: Fazer-nos
entender que o que temos, temos por causa de Deus.
Depois da Lei
encontramos também o dízimo
É aqui que a polêmica começa. Para os defensores do
fim do dízimo, o Novo Testamento não valida o dízimo. Será que não? O argumento
de Mateus 23.23 é rejeitado pelos que não aceitam a validade do dízimo hoje,
pois dizem que Jesus está falando a pessoas que viviam sob a lei. Mas eu
pergunto, para quem Jesus iria falar se todos viviam debaixo da Lei em sua
época, inclusive Jesus? É bom não esquecermos que a Igreja só veio a ser
inaugurada após a morte e ressurreição de Jesus. Portanto era impossível Jesus
se diririr a Igreja, propriamente dita, se a mesma ainda estava oculta. Então
quando Jesus disse ao fariseu que ele deveria continuar dando o dízimo e também
não esquecer de praticar os bons costumes, Jesus não estava apenas censurando,
mas ensinando como convém um servo de Deus se portar. Outro argumento dos
defensores do fim dos dízimos é que os apóstolos não falaram de dízimo à
igreja. Eu entendo que a razão de os apóstolos não mencionar diretamente o
dízimo na igreja, em seus dias, é pelo fato de que este não era um problema
existente na igreja. Os crentes primitivos eram tementes a Deus e vinham de uma
tradição milenar, onde dizimar era uma obrigação, então para eles o dízimo era
uma coisa lógica e faziam isto já por natureza, não havendo necessidade de se
falar no assunto. Ilustração: Igreja na Coréia - Alguém perguntou ao membro de
uma igreja na Coréa do Sul se todos os membros eram dizimistas. O membro
respondeu "pode existir membo que não seja dizimista?". Os cristãos do
primeiro século levavam tão a sério a questão dos dízimos e ofertas que eles
chegavam ao ponto de vender suas propriedades e levar o dinheiro aos pés dos
apóstolos para que o dinheiro fosse usado conforme as necessidades da igreja.
(At 4.34). Eles não eram obrigados a vender seus bens e doar à igreja, era o
Espírito Santo quem os constrangia a isto. Eles davam muito mais do que 10%.
Eles davam tudo. A diferença do dízimo da Lei com o dízimo da Igreja é que na
Lei davam-se as primícias e viviam do resto. Na igreja do primeiro século,
davam-se tudo e dividiam tudo. Atos 2. 44 diz que os crentes tinham tudo em
comum, ou seja, nada era deles próprios, mas da comunidade. Portanto, na Graça,
nós não somos obrigados a dar, mas somos constrangidos pelo Espírito Santo a
doar tudo o que temos ao Senhor. Nós mesmos somos propriedade de Deus, logo,
não vivemos para nós mesmos (Gl 2.20 “Já estou crucificado com Cristo; e
vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne,
vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por
mim..”.
O dinheiro que a igreja recebe dos fiéis deve ser usado em benefício dos fiéis. Assim como os impostos e taxas que são cobrados da sociedade pelo Governo devem ser usados para o benefício dos cidadãos, assim são as contribuições que fazemos na igreja. Os que trabalham por tempo integral na obra do Senhor, devem desfrutar dos benefícios arrecadados porque isto é bíblico, 1Co 9.10; 1Tm 5.18. Mas não devem abusar das finanças da igreja, porque elas não lhes pertencem.
Diretoria FeUPH Carioca 2013
PRESIDENTE: Paulo Pereira Lopes - IPB em Padre Miguel.
SEC EXECUTIVO: Dc Ismar Barbosa Leite - IPB Vila Nova
VICE PRESIDENTE: Pb Samoel Barreto Velasco - IPB Padre Miguel
SECRETÁRIO: Dc Zuclaudio Silva da Costa- IPB Piraquara
TESOUREIRO: Pb Daniel dias dos Santos - IPB Padre Miguel
SEC EXECUTIVO: Dc Ismar Barbosa Leite - IPB Vila Nova
VICE PRESIDENTE: Pb Samoel Barreto Velasco - IPB Padre Miguel
SECRETÁRIO: Dc Zuclaudio Silva da Costa- IPB Piraquara
TESOUREIRO: Pb Daniel dias dos Santos - IPB Padre Miguel
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